02 julho 2007
28 junho 2007
26 junho 2007
Pausa para um rally
O outro carro de nossa equipe era uma TR4 de uma família do Piauí que mora em Brasília. Nós os conhecemos na véspera do evento.
Na foto junto ao carro, eu, Ronaldo, Thiago e Izabela. Thiago é meu colega de trabalho e foi nosso navegador, Ronaldo trabalha no Ministério do Meio Ambiente e Izabela é irmã do Thiago e foi lá levar o irmão e acabou embarcando. Thiago e Ronaldo são atletas e ciclistas dedicados. Eu dirigi o 5° Elemento e posei para as fotos.
20 junho 2007
12 junho 2007
30 janeiro 2007
Turistas
Cusco pela manhã
E lá vamos para Machu Pichu. Ninguém escapa de embarcar com mil turistas, pegar o trem caríssimo, ninguém quer escapar. Saímos de Cusco cedíssimo, antes do sol nascer, num trem que que demora demais e chacoalha, dá voltas, sobe e desce. Na volta, Liliane se sentiu mal com a chacoalhação Resolvemos descer em Poroy, um pouco antes de Cusco. Perguntamos de havia transporte ao pessoal do trem e eles nos garantiram que havia. Não havia. Esperamos um tempão por um taxi e só conseguimos porque o pessoal da estação de Poroy nos ajudou. Para quem não vai pela trilha Inca, que estava lotada por 2 meses, e está de caro a dica é dormir em Ollantaytamba e sair de lá. Mais barato, mais interessante, menos chacoalhante.
14 janeiro 2007
Se Desoriente
Mudando um pouco de assunto, vi um capítulo da mini-série Amazonas, na TV Globo. Uma cena no Teatro Amazonas me fez lembrar de uma cena no mesmo local, referente à mesma época, do filme Fitzcarraldo, de Werner Herzog. Aí vai um still do filme, foto do Andreas Valentin.
No centro, em highlight, Liliane e eu. Na frente, aplaudindo entusiásticamente, Osvaldo Andreozzi. Mais ao alto à esquerda, olhando desconfiado para o fotógrafo, Sérgio Litaiff. E dezenas de extras.
Acho que a foto é de 1981. Nós estávamos de mudança de Lábrea para Parintins e paramos em Manaus. O resto faz parte da hitória da sétima arte.
Ollantaytamba
O segundo parque chama-se Ollantaytambo. SENSACIONAL. Muito bem conservado. Os Incas realmente eram muito inteligentes.
As construçoes estilo piramide tinham uma base enorme e bem fortificada contra terremotos. A piramide e de todas as suas paredes sao inclinadas tambem para evitar problemas com terremotos. Eles tinham entre as pedras gigantes (de 30 a 50 ton) pedras menores que serviam como um sistema de amortecimento, assim as pedras grandes, no caso de terremoto, nao se esfregavam umas nas outras ocasionando uma ruptura, mas sim nessas pequenas pedras.
Eles tinham cimento, na verdade era uma goma que misturada a pequenas pedras servia de liga para manter as pedras juntas. Esta goma eles tiravam de um cacto. Cada patamar da piramide era uma plantaçao de milho, feijao, batatas e cereais com um sistema de irrigaçao feito por valas que eram construídas desde o topo da montanha ate as plantaçoes. Além disso, cada patamar tinha um sistema de drenagem contra chuvas para que as plantaçoes nao alagassem. O sistema era até simples, cascalho e areia colocados abaixo das plantaçoes sugavam as àguas das chuvas até o pé da montanha.
Outra coisa interessante é o local onde eles construíram a dispensa deles, o lugar para guardar alimentos. Eles construiram bem em cima de uma montanha na frente da piramide ou templo. Longe e de difícil acesso. No começo achei estranho, mas o fato é que existe um vento que sai de uma montanha perto chamada Santa Ana e este vento literalmente faz a curva por trás do templo e segue direto para esta montanha na frente do templo onde esta a dispensa. Esse vento frio e direto servia para manter os produtos cultivados frescos por um período de tempo maior.
02 janeiro 2007
A estrada para Cusco, de novo
12/08/06 – MAZUCO – Tem uma ponte que está em reforma na Transocêanica – Ramal 3 - A ponte só abre depois das 18 horas e fecha às 6 horas da manhã. Quando íamos passando, furou o pneu do carro, já estava escuro. Os meninos apanharam um pouco para trocar o pneu, não sabiam aonde colocar o macaco. Apoena enfiou a cabeça debaixo do carro, que estava suspenso por um macaco que não sabíamos se estava apoiado no lugar certo do carro, ou melhor tínhamos certeza que não estava pq a partir de um determinado ponto não subia. Apoena enfiou a cabeça debaixo do carro suspenso e eu fiquei apavorada do carro cair na cabeça dele. Depois de alguns gritos, xingamentos e indignação conseguimos, mas tivemos que dormir em Mazuco, ainda bem !! A estrada para Cuzco é linda e extremamente perigosa. Estávamos pensando em prosseguir viajem até Quincemil, que é um povoado bem pequeno, provavelmente iríamos ter dificuldade em encontrar lugar para dormir e comer na hora que chegássemos, isso se chegássemos. Minhas preces foram ouvidas.
Fomos concertar o pneu e procurar lugar para dormir, tudo era uma aventura, o lugar parecia se resumir a uma rua muito movimentada, um trânsito enorme de caminhões, ônibus etc..e muitas pessoas na rua, principalmente trabalhadores da ponte. A rua/cidade vive em função das obras da ponte, tem uma boate de prostituta em cada esquina. O máximo é que eram todas decoradas com luzes azuis, vermelhas etc.. maior animação. Eu e o Ian fomos procurar uma pousada , foi difícil encontrar e ficamos no melhor que encontramos, uma vila de quartos, mas era limpo e tinha um ventilador para cada quarto, a Hospedaje Condomo. Depois de comer ¼ de Pollo em um bar onde todos iam jantar e ver televisão, fomos dormir para sair bem cedo (5 horas) para atravessar a ponte rumo a Cuzco. A noite foi terrível, nosso vizinho de quarto trancou a porta de seu quarto e as crianças ficaram sozinhas dentro, foi a maior confusão de criança gritando e adulto tb. Depois de muito tempo até abrir a porta, lá pelas tantas um despertador começou a tocar em um dos quartos e seu dono havia sumido e ninguém conseguia desligar o despertador, foi aproximadamente uma hora, ou mais nessa história, e lá fora a música rolava alta nas boates, era uma sexta-feira. Quando as coisas acalmaram já era hora de levantar, tomar o café da manhã que a dona da hospedagem, gentilmente preparou para nós, pegar os sanduíches e cair fora. Detalhe, Apoena pensava, onde fui amarrar minha égua.
13.08.06 – Mazuco -Quincemil - ainda bem que não fomos na noite anterior, a estrada era subida o tempo todo, cada vez mais alto cortando a montanha. Estrada de terra, muito estreita e um precipício muito alto acompanhando a estrada, que cabia apenas um carro e vinham enormes caminhões-tanque de combustível, cheios de gente em cima, descendo a estrada, todo hora uma placa “FAVOR BOCINAR”, nós apertávamos a mão na buzina mas os caminhões, que vinham descendo, quase nunca faziam. Tínhamos que encontrar um espaço na estrada para poder parar e deixar o caminhão passar. Em uma desas vezes não encontramos o tal do espacinho, estávamos em um lugar muito alto mesmo, mal tinha lugar para uma pessoa ficar ao lado do carro, uns (4.000 m de altura) precipício, os dois emninos foram muito habilidosos, Ian dirigindo e Apoena do lado de fora orientando, foram descendo o carro de ré por aquela estradinha estreita e cheia de curvas, enquanto isso o caminhão lá parado e o pessoal em cima olhando e rindo, acho que eles estavam esperando a gente despencar lá de cima.
A estrada á a mais linda e mais perigosa que já estive. O Rio Inambari passa ao lado dela o tempo todo, com inúmeros riachos e lagos. As cachoeiras saem da mata e atravessam a estrada . Passamos por vários pueblos, os índios são impressionantes, tem um andar diferente, parece que andam pulando, moram bem no alto das montanhas, a mais de 4.000 metros, são agricultores, tecelãos, criam alpacas, ovelhas, cavalos e uns burrinhos pequenos, muito milho e batatas de vários tipos. O campo é lindo, os pueblos com suas casas minúsculas, para o tamanho deles, com telhados de palha, bem fininha e as paredes de pedra. Muitas pedras ao longo de todo o caminho.
As crianças com as bochechas vermelhas do frio e o nariz escorrendo, são muito sujas, aquela sujeira já incrustada, a pele é grossa, parece um couro. Acho que banho não rola naquele frio.
Eles tecem muito, são tecelagens caseiras, possuem cachorros (los perros) para ajudá-los com o rebanho, é uma raça de lá mesmo, preta peluda, com a umas manchas brancas no peito e na cara, parece aqueles cachorros pastores da Escócia. Los perros tocam os rebanhos de alpaca e ovelha, ao final do dia, lá pelas 5 horas, as crianças, com a ajuda dos perros tocam o rebanho para o local aonde vão passar à noite.
Quando passávamos três cachorros correram para a estrada brigando e acabamos atropelando um deles, acho que matamos. É preciso muito cuidado com os perros porque eles atravessam a estrada o tempo todo.