31 outubro 2006

Ninõs









Vale o que escrevi no post sobre as crianças do Madeira. Mais uma vez, ficamos encantados e pensativos com as crianças que encontramos pelo caminho. Não sei porque o Apoena não menciona estas crianças em seu log de viagem: ele ficou absolutamente encantado.

Venda de beira de estrada


Paramos para comprar caramelos, para minimizar os efeitos da altitude, perto de Marcapata. Ainda há alguns aqui em casa.

29 outubro 2006

Mas depois o mato fica ralo de novo



Em alguns vales de altitude, com solo e umidade apropriados, o verde volta a aparecer.

Mais alto




Todo mundo animado com a altitude e Liliane segura o Luiz Carlos que, animado demais, fica na beirinha do barranco.

Subindo para Cusco



A vegetação está mais rala, o ar mais frio, a estrada com mais pedras, a água mais límpida ainda. Já estamos a quase 2000 m de altitude.

Quincemil

Quincemil tem a cara de fronteira: abastecimento manual de combustível, a população indígena, as construções, a transição geográfica de selva para montanha e as pessoas almoçando às 9 da manhã. É o momento que se sabe que está entrando em locais de pouco trânsito.

Para quem mora em Brasília, na SQS 114, nada mais natural que uma cidade chamada 15000.



Estradas estreitas




As subidas em estradas estreitas, muitas curvas, cartazes de "Favor Bocinar" e muitos caminhões, grande parte de combustível mas levando passageiros.

Os rios se tornam mais cristalinos e a vegetação muda com a altitude.

14 outubro 2006

Puente Inambari

É em Puente Inambari que a Transoceânica bifurca. A Transoceânica pp. dita vai para Juliaca e daí para Arequipa e Puerto Matapari e a outra estrada vai para Cusco. Ouvimos falar tanto da ponte - está fechada, só passa à noite - que ao chegar lá paramos para contemplá-la e fotografá-la.



11 outubro 2006

Apoena: log de viagem 5

24 HS INFERNAIS.

Vamos por partes. Cheguei ontem em Cusco. Está tudo bem, mas as últimas 24 hs foram terríveis.

Começa na manha (vai sem o acento mesmo, ainda nao me entendi com estes teclados) do dia 13.08. Acordamos bem cedo, como de praxe, para pegarmos a estrada em direçao à Quincemil, que fica no meio do caminho entre Porto Maldomado e Cusco. No café da manha recebemos a noticia de dois outros viajantes de carro que uma ponte na altura da cidade de Mazuco, Puente Inambari, estava em obras e que só abria entre as 18:00 e 6:00. Estávamos a 4 horas dessa ponte e resolvemos enrolar até meio dia, sair do hotel, almoçar e ai sim partir para cruzar a ponte quando abrisse.

Às 18:03 estávamos cruzando a cancela para ir para a ponte. Às 18:09 o pneu traseiro do carro furou.
Começa entao a disputa de testosterona entre meu Pai e o Ian sobre trocar o pneu. Eu fiquei de espectador, apenas apreciando o embate. Às 19:00 o pneu ainda nao havia sido tocado, problemas em levantar o carro. Nesse ponto já havia me divertido o batsante e decidi que trocaria o pneu pois estava ficando cansado. 19:22 o pneu foi trocado pelos três...ME, MYSELF and I. Para quem já teve Ranger e Cherokee, pneu de Pajero é só mais um.

Voltamos para a cidade de Mazuco para consertar o pneu e resolvemos ficar por lá mesmo. Ficamos em uma hospedaria e jantamos Pollo. A hospedaria nao tinha ventilador, conseguimos um, nao adiantou. Deitei às 23:00 hs. Dez para a meia noite faltou luz, 12:30 comecou a tocar o despertador de outro hóspede que persistiu até 2:30. Nesse meio tempo um casal ao lado do meu quarto resolveu brigar. Passado tudo isso, a música bombava do lado de fora, ou seja, no total 2 horas de sono, pois às 4:30 estávamos de pé para seguir viagem.

Esta cidade de Mazuco é um lixo. Lugar de garimpeiro e trabalhadores que estao envolvidos na obra da Transoceanica Peru-Brasil.

No final a história de furar o pneu foi boa, pois pegamos a rodovia de dia e a paisagem é sacanagem. O nosso ponto culminate na estrada foi de 4.300 Mts. Neve e frio para caralho. A paisagem é muito bonita, mas a tensao de se estar em uma rodovia em zig-zag, de mao única que é parede de pedra de um lado e precipício do outro, deixa geral meio tenso. Cheio de caminhao na estrada e os motoristas sao todos malucos, estrada de mao unica e os caras metem o pé e nao querem nem saber.

Ontem nao paramos para almoçar, foram sanduíches de queijo preparados pela dona da Hospedaria em Mazuco. Mas o perrengue ainda nao acabou.

Quando estavamos a mais ou menos duas horas de Cusco, foi avistado um peruano descendo a mesma estrada que estávamos, ou seja, o maluco estava a mais de 4000 metros descendo a pé a porra da montanha. Meu pai, com seu imenso coraçao, resolveu dar carona para o cara. Nada contra, acho maneiro, até quis dar carona para umas mulheres com criancas sendo carregadas naqueles sacos típicos peruanos, mas o fato é que o carro esta cheio de mala, meu pai estava dirigindo e eu e meu irmao, que nao somos pequenos, estavamos atrás. Bom, la me entra o peruano, nego no banco de trás todo apertado e o cara fedia muito, porra, compreensível, o cara mora a 4000 mts de altura, frio demais, sem energia elétrica e sem agua quente, eu tb nao tomaria banho.

Foi isso, seguimos com o Maluco, que era gente boa demais, até Cusco. Em Cusco nos hospedamos em um Hotel do lado da Plaza de las Armas e eu chapei. Tava exausto.

Hoje vamos tratar de marcar a trilha Inca.

SELVA!




09 outubro 2006

Vertigo

O primeiro barrancão já anima a turma. Espera que lá em cima não é barranco, é abismo.

Estrada para Mazuco

Ainda na Amazônia Peruana

Mucho

Muita madeira na Amazônia Peruana e muita internet em todo o Peru. Nem pense em argumentar que é só nas cidades turísticas. A impagável Yunguyo, às margens do Titicaca, não é nem de longe uma cidade turística e tem mais cyber café que botequim. Na foto, o Hostal Cabaña Quinta, Puerto Maldonado.

Arquitetura puertomaldonadense

O Rio Madre de Dios, em frente a Puerto Maldonado. O Madre de Dios sai do Peru, cruza o noroeste da Bolívia e encontra o Rio Mamoré, um dos formadores do Rio Madeira, na fronteira do Brasil.

01 outubro 2006

O 5° elemento

Aqui em Mollendo, no litoral peruano

4 Viagens

4 pessoas viajando juntas fazem 4 viagens diferentes. As expectativas são diferentes, o que elas observam é diferente, o que elas lembram é diferente.

Dirigir pela Transoceânica peruana entre Iñapari e Puerto Maldonado foi um bocado divertido. Foi a primeira vez que saímos do alfalto e vimos que realmente precisávamos de um 4x4. Passamos por igarapés, lama e montes de terra fofa ajuntados pelas máquinas.

Centenas de máquinas e caminhões, centenas de operários ao longo da pista deixavam claro que o Governo Peruano está levando a sério a integração continental que a Transoceânica pretende alavancar. Nunca havia visto um esforço desses antes. Nada que as patéticas equipes para operações tapa-buraco do lado brasileiro nos fizesse antever.

Quanto a Puerto Maldonado se parecer com Cuba ou com Botafogo, é questão de opinião, conhecimento ou memória. Para mim, Puerto Maldonado é único e ainda por cima lá tem sorvete de lúcuma.

Lili’s Planet - 3

Viajamos o dia todo em estrada de terra, à noite atravessamos o Rio Madre de Dios, a balsa era meia tenebrosa, o Ian mostrou que não comprou a carteira. A dupla Ian e Apoena foi perfeita para nos tirar de algumas encrencas. Para sair da balsa era uma pirambeira danada e ninguém via nada. Tudo à luz da lua. Apoena foi orientando o Ian, eu fiquei rezando, como sempre. Chegamos em Porto Maldonado exaustos. Não sei porque senti como se eu estivesse em Cuba. Passamos um dia lá e partimos.

A cidade é interessante, muitas lambretas, táxis lambretas tb. É muito quente.